Reprodução Medicamente Assistida |
Causas de Infertilidade: Procedimentos: Diagnóstico e Técnicas Acessórias: Problemas Relacionados com RMA Viagem a Lisboa (Clínica CEMEARE)
| Crioconservação De Sémen E Tecido Testicular
Indicações
Sémen → Oligozoospermia severa; → Doentes oncológicos antes do tratamento; → Adiamento da fertilidade.
Testículo → Azoospermia; → Doentes oncológicos antes do tratamento.
Técnica de colheita e preparação
Como FIV, ICSI e TESE.
Utilização ulterior
→ ICSI-TESE (azoospermia); → Auto-transplante após cura oncológica.
Taxa de sobrevida na descongelação
70%.
Taxa de gravidez
Taxa de fecundação, desenvolvimento embrionário e gravidez é cerca de 10-15%.
Crioconservação De Tecido Ovárico
Indicações
Pacientes oncológicos, antes do tratamento: ooforectomia, quimioterapia ou radioterapia. Permite preservar a fertilidade por transplante de tecido ovárico ou maturação in vitro de folículos primordiais.
Técnica
Sempre que possível, a paciente deve efectuar hiperestimulação controlada do ovário e recolher ovócitos (imaturos ou maduros) para crioconservar. De seguida, deve efectuar biópsia de ovário ou remoção de ovário. Destes, preparam-se pequenos fragmentos de tecido ovárico (córtex) que são crioconservados. Crioconservação De Ovócitos
OVÓCITOS IMATUROS EM PROFASE I (GV)
→ Ovário poliquístico resistente ao tratamento cirúrgico ou medicamentoso; → Pacientes oncológicos antes do tratamento.
OVÓCITOS MADUROS (MII)
→ Adiamento da fertilidade; → Pacientes oncológicos antes do tratamento.
INDUÇÃO DO CRESCIMENTO FOLICULAR (estimulação controlada do ovário)
GV Indução ligeira do crescimento folicular com a administração subcutânea das hormonas antagonista/agonista hipotalámico e FSH.
O crescimento folicular é monitorizado por análises sanguíneas (estradiol) e ecografias, cujos resultados também permitem ajustar as doses dos medicamentos. Geralmente demora 1-2 semanas. Há boa resposta quando vários (20-30) folículos atingem 10-14 mm.
MII Administração da hormona hCG ou LH (injecção única intramuscular) quando os folículos atingem 17 mm. Sob a sua acção, ocorre a maturação genética dos ovócitos e o crescimento final dos folículos até 20-30 mm de diâmetro.
RISCOS
GV: raro, porque estimulação muito ligeira. MII: Síndrome de hiperestimulação do ovário (<5%).
ASPIRAÇÃO DOS FOLICULOS OVÁRICOS (dia 0)
Por ecografia endovaginal, até 36h após a hCG. Efectua-se sob ligeira sedação endovenosa por anestesista. É uma técnica indolor que demora cerca de 5 minutos por ovário
TÉCNICA
Isolamento dos ovócitos e crioconservação.
Taxa de sobrevida na descongelação
50-70%.
Utilização posterior
Maturação in vitro dos ovócitos GV até MII (60%), seguido de ICSI.
Taxa de gravidez
10-15% inferior à descrita em FIV. Crioconservação De EmbriõesA Crioconservação Embrionária consiste no ultracongelamento (cerca de -190ºC) em azoto líquido, de embriões que embora reúnam todas as condições necessárias, são excedentes, para que possam ser utilizados em tentativas posteriores de engravida.
A utilidade destes milhares de embriões supérfluos é muito variada, desde guardá-los para originar uma gravidez mais tarde, possivelmente quando: → Um dos progenitores tiver fortes indícios de que ficara infértil, → Utilizá-los de forma a salvar a vida a irmãos, → Doá-los a outros casais inférteis, e até, → Serem utilizados em investigações para fins terapêuticos.
INDICAÇÕES
Embriões excedentários de FIV/ICSI.
TIPO DE EMBRIÕES PASSÍVEIS DE CRIOCONSERVAÇÃO
Só embriões de classe A/B. A Crioconservação de embriões excedentários é muito útil para os casais, porque evita uma nova estimulação ovárica da paciente, o que diminui os riscos para a sua saúde por não necessitar de um novo ciclo de estimulação ovárica. Por, geralmente, se efectuar uma estimulação suave do ovário, com uma média de 6-8 ovócitos maduros por ciclo de tratamento, quer por se efectuar cultura prolongada de embriões até à fase de blastocisto sempre que tal é possível, a maioria dos casais não tem embriões excedentários para Crioconservação.
A Crioconservação de embriões é pouco frequente e os embriões criopreservados são na sua maioria reutilizados pelos casais.
Entre 1997-2003, de 3.000 ciclos só 196 (7%) efectuaram criopreservação de embriões (382 embriões). Em 63% dos ciclos de criopreservação, 57% dos embriões foram descongelados e reutilizados após 6 meses, e os embriões restantes foram utilizados pelos casais 3 anos após a gravidez alcançada.
TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES CRIOCONSERVADOS
Os embriões excedentários crioconservados destinam-se a ser transferidos para o útero da paciente nos 6 meses seguintes em caso de falha de gravidez, ou nos 3 anos seguintes após o nascimento da criança no caso de o casal ter alcançado a gravidez na tentativa.
TAXA DE SOBREVIDA NA DESCONGELAÇÃO
50-70%.
TRANSFERÊNCIA DE EMBRIÕES
No dia seguinte ao da descongelação.
TAXA DE GRAVIDEZ
10-15% inferior à obtida com embriões frescos.
TAXA DE GRAVIDEZ GEMELAR
Como descrito para embriões frescos.
A questão que se coloca é: Será ético fazê-lo? Serão estas utilizações plausíveis?
Neste excerto temos a perspectiva religiosa da Crioconservação embrionária. Como se vê é completamente contra.
Apesar de todos estes contras, a Crioconservação embrionária é muito útil, sendo fundamental nos tempos que correm, visto estarmos numa sociedade baseada no desenvolvimento científico-tecnológico. Sendo as suas aplicações muito úteis.
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